sexta-feira, 30 de março de 2012

POEMAS  DE  CARLOS  DRUMMOND  DE  ANDRADE :

Amar

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor à procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa, amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.

Consolo Na Praia

Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.

Obrigado

Aos que me dão lugar no bonde
E que conheço não sei de onde,
Aos que me dizem terno adeus
Sem que lhes saiba os nomes seus,
Aos que me chamam de deputado
Quando nem mesmo sou jurado,
Aos que, de bons, se babam: mestre!
Inda se escrevo o que não preste,
Aos que me julgam primo-irmão
Do rei da fava ou do hindustão,
Aos que me pensam milionário
Se pego aumento de salário
- e aos que me negam cumprimento
Sem o mais mínimo argumento,
Aos que não sabem que eu existo,
Até mesmo quando os assisto.
Aos que me trancam sua cara
De carinho alérgica e avara,
Aos que me tacham de ultrabeócia
A pretensão de vir da escócia,
Aos que vomitam (sic) meus poemas
Nos mais simples vendo problemas,
Aos que, sabendo-me mais pobre,
Me negariam pano ou cobre
- eu agradeço humildemente
Gesto assim vário e divergente,
Graças ao qual, em dois minutos,
Tal como o fumo dos charutos,
Já subo aos céus, já volvo ao chão,
Pois tudo e nada nada são.


O Tempo Passa? Não Passa

O tempo passa ? Não passa
O tempo passa ? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.
O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.
Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.
São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer a toda hora.
E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade.

FAZENDA  DO  PONTAL ( Itabira ) : ONDE  CARLOS  DRUMMOND  DE  ANDRADE MOROU !!


Poema de Carlos Drummond de Antrade adaptado por Gabriela : Caso de secretária :

No dia de seu aniversário
Foi trombudo
para o trabalho
Ninguem se
lembra-ra
e nem abraço
ganhara.
Chegando em,
mais um dia
no seu trabalho
flores te esperavam
tinha um sorriso
singelo
e um simples
abraço.
Após a surpresa
de sua secretária
sentiu-se ainda
mais boro coxo
uma qualquer
se lembrava
e enquanto
mulher e filho
não se importavam.
Consolos
por todo dia
aquele homem tinha
da sua secretária
com ditaodos
populares
e um sorriso
solidário !
Naquele clima,

surge a pergunta
se comemoração
iria rolar !
Ele diz e que
não e que
fazer anos é uma
porcaria
Nessa situação
a doce secretária
lhe convida para
jatarem juntos,
ele aceita
e comenta que
ela é uma mulher
bem bonita.
Ancioso para
sua noite
nervoso estava
com a vontade
de mandar
todos em bora.
A secretária
pergunta aonde
ele prefere ir
Envergonhado
ele diz que precisa
primeiro
ir em seu
apartamento.
Antes a secretária
diz que deseja um
drinque
para animar.
Chegando no
apartamento,
a secretária diz
que precisa
se arrumar
no banheiro
e diz que enquanto
isso, dentro
de uns quinze minutos
ele poderia entrar
no quarto.
No comodo
sua mulher, e
seus filinhos,
em coro com a
secretária
dizendo :
PARABÉNS PRA VOCÊ !!!
Itabira !!!
Aqui vou eu !! Muito anciosa !!!
 Já ta tudo preparado !!! Vai ser uma das melhores excurções
do colegio são paulo !!! Espero toos vocês lá
Bjs.........................

terça-feira, 20 de março de 2012

Na Floricultura :

Gracy iria fazer 15 anos, sua mãe, com toda aquela preocupação fez com que acontecece alguns probleminhas na preparação da festa.
Estava tudo arrumado, o salão estava maravilhoso com balões, arranjos e um palco para a valsa. Lilia, mãe de Gracy, preparava os convitespara a festa, enquanto Gracy dava os últimos retoques em seu vestido. Faltavam 2 horas para que os convidados chegassem. Quando Lilia percebe que falta alguma coisa na decoração da festa e essa coisa eram as flores, ela pega um táxi rapdamente para a floricultura mais próxima... chegando nela Lilia paga o táxi e o dispensa, entra na floricultura e pergunta as opsões de flores ! A florista responde: temos orquídeas ... Pronto está resolvido quero 80 unidades de orquídeas dex Lilia. Já no caixa ela lembra que Gracy tem alergia a orquídeas, então procura a florista e pede para ela trocar as orquídeas por outra flor. Depois de um tempo a florista lhe traz 80 unidades de rosas vermelhas, ela reclama e pede para a florista trocar as flores novamente, pois Gracy não gosta nem de rosas, muito menos de vermelho. A florista se irrita e a expulsa da floricultura. Lilia chama outro táxi e na correria percebe que falta 1 hora para começar a festa. O táxi chega e a leva para a outra floricultura mais próxima, chegando lá Lilia se lembra que Gracy adora tulipas e pede para a florista 80 unidades de tulipas. Já no caixa ela abre a bolsa e percebe que havia esquecido sua carteira em sua casa, ainda na floricultura, ela liga para seu marido e pede para ele levar até ela sua carteira. Já com sua carteira ela paga as flores e vai para a festa. Chegando lá alguns dos convidados já haviam chegado e no desespero vai colocando as flores na mesa e em volta do palco da valsa. Chegado todos os convidados começou a valsa, as flores que sem perceber Lilia havia posto em volta do palco estavam se queimando com as velas que também estavam em volta do palco. Naquela situação o vestido de Gracy começa a queimar e acaba atingindo sua perna levando Gracy a ir parar no hospital, acabando com a felicidade e a festa.
  Seguem essas poucas fotos que copiei para vocês darem uma olhada no nosso Ídolo da Literatura !!! Um beijão para vocês !!!



  -  Estátua de Carlos Drummond de Andrade
- Carlos Drummond De Andrade

 - Itabira do Mato Dentro

segunda-feira, 19 de março de 2012

Um poema de Carlos Drummond de Andrade :
Praça da Estação BH

A Praça da Estação de Belo Horizonte Carlos Drummond de Andrade. Duas vezes a conheci: antes e depois das rosas. Era a mesma praça, com a mesma dignidade, O mesmo recado para os forasteiros: esta cidade é uma promessa de conhecimento, talvez de amor. A segunda Estação, inaugurada por Epitácio, O monumento de Starace, encomendado por Antônio Carlos São feios? São belos? São linhas de um rosto, marcas da vida. A praça da entrada de Belo Horizonte, Mesmo esquecida, mesmo abandonada pelos poderes públicos, Conta pra gente uma história pioneira. De homens antigos criando realidades novas. É uma praça – forma de permanência no tempo. E merece respeito. Agora querem levar para lá o metrô de superfície. Querem mascarar a memória urbana, alma da cidade Num de seus pontos sensíveis e visíveis. Esvoaça crocitante sobre a praça da Estação O Metrobel decibel a granel sem quartel Planejadores oficiais insistem em fazer de Belo Horizonte Linda, linda, linda de embalar saudade Mais uma triste anticidade.
A  HÓSPEDE  IMPORTUNA :
- Poesia do Livro Rick e a Girafa :

Um simples
joão-de-barro
arrependido de
acolher em sua casa
a fêmea que
pesira agasalho.
Um desentendimento
com seu companheiro
ele lhe convida
para sair.
Sem saber muito
bem construir,
na primeira
casa de
joão-de-barro
pediu abrigo,
sendo generoso
o dono
acolhera a fêmea.
Eis que aquele
joão-de-barro
era misógino,
e construira
a habilitação
para seu uso
exclusivo.
Com esses hábitos
já não sentia
prazer em realizar
qualquer atividade.
A fêmea insistia
estabelecer com ele
o dueto de gritos
musicais,
inclinada a ir
mais linge
para o enorme
aborrecimento
do solidário.
A fim de
expulsar ela
de sua casa
pediu a seu
amigo ajuda.
Tomando as
primeiras
providencias
o amigo se preparava
para construir
sua casa.
Antes de prosseguir
vc vai fazer
um obséquio
disse o amigo,
perguntou
se ele poderia
ir até a casa
para ver
se conquista
uma intrusa
que não queria
sair de lá.
O segundo
joão-de-barro
atendendo o pedido
do primeiro,
no interior
da casa
deste, cativou
as graças da ave.
Gostou tanto
de lá, que para
quem iria
se dar ao
trabalho
de construir
casa, já se
dispunha dela
com amor e
carinho.

sexta-feira, 16 de março de 2012


Biografia de Carlos Drummond de Andrade :



Carlos Drummond de Andrade nasceu em 31/10/1902 em Itabira do Mato Dentro (MG).

Morou na Fazenda do Pantanal e viveu em uma casa ao centro de Itabira. Fez um poema sobre Itabira :

Cada um de nós tem seu pedaço no pico do Cauê

Na cidade toda de ferro

as ferraduras batem como sinos

Os meninos seguem para a história

Os homens olham para o chão

Os ingleses compram a mina

Só, na porta da venda, Tutu caramujo cisma de

derrota incomparável



Em Belo Horizonte começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se apresentou em 1962. Em 1925 fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas.

No Rio de Janeiro estudou em nova Friburgo no estado do Rio de Janeiro. Pouco ficaria nessa escola : acusado de '' insubordinação mental '', foi expulso. Em agosto de 1987 morreu-lhe a única filha, Julieta. Doze dias depois, o poeta faleceu. Tinha publicado vários livros de poesia e obras em prosa, principalmente crônica. Em vida, já era consagrado como o maior poeta brasileiro de todos os tempos. O nome Drummond está associado ao que se fez de melhor na poesia. De acontecimentos banais, coqueiros, gestos ou paisagens simples, e eu lírico extrai a poesia. Nesse caso enquadram-se poemas longos, como '' o caso do vestido '' e '' O desaparecimento de Luísa Porto '', e poemas curtos, como '' construção ''.





segunda-feira, 5 de março de 2012

Narrativa de Aventura / A Guerra Final !


Narrativa de Aventura :

A Guerra Final !



Durante anos os indígenas guerreavam com homens brancos, que eram os italianos, portugueses, franceses, mas eles também lutavam com outros índios de tribos rivais. Na guerra do ano de 1746 um grupo de Europeus vieram pelo navio de Cárps por questões

culturais, religiosas e econômicas. Um vento batia nas árvores da floresta, as aves voavam, os bicho que ali abitavam fugiam. E foi ali naquele momento que os indígenas perceberam que estava dando início a mais uma batalha. Os Europeus preparavam suas armas e os índios preparavam suas flechas, e naquela hora começou a guerra, durou aproximadamente sete horas, restando ainda um representante para cada um dos grupos que lutavam. Os indígenas queriam que todos tivessem uma única cultura, já os Europeus queriam que todos tivessem culturas diferentes. E a batalha continuava até que Cauã, um jovem corajoso, último dos índios, deu uma flechada no adversário, virando assim o herói da hostória.